Um mês quase completo em Uberaba, um mês desde meu último post.
Demorei demais para escrever algo sobre minhas primeiras impressões da cidade, das pessoas e da nova experiência, mas after second guessing first impressions é possível falar algo menos genérico a respeito dessa mudança.
Me disseram uma vez:
“Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!”
A idéia de mudar, não só de cidade, mas também de estado, já me assustou bastante, na hora da decisão o medo quase me paralizou e eu quase peideeeeeeeei. Mas eu consegui, lutei contra a inércia, encarei o crux, chacoalhei os braços, passei mag e toquei.
O medo não passou de imediato, eu não sabia o que esperar e muito menos o que ia encontrar de fato, mesmo que as primeiras impressões fossem muito boas.
Fato é que era impossível imaginar que eu encontraria o que encontrei aqui.
Morar com amigos é como viajar e alugar uma casa só para os amigos, a única diferença é que a gente trabalha durante o dia. Fazer várias coisas juntos estreita muito a amizade e sem sombra de dúvidas aumenta MUITO a quantidade de risadas diárias.
O trabalho tem um ritmo diferente do que estava acostumado, o volume de trabalhos é menor, mas o principal é o crescimento de ter autonomia e ser efetivamente responsável pela criação da agência.
Seria impossível pra mim pensar que uma cidade com bem menos opções de coisas para fazer me faria sentir em casa e que ficar em casa a noite com os amigos pudesse ser de fato o que eu queria fazer mais que qualquer outra coisa e que aprenderia com eles sobre tanta coisa, até sobre minha própria família.
Impossível imaginar em tão pouco tempo conhecer pessoas especiais de quem sentir saudades, que pudessem tornar mais suportável a falta dos amigos de Campinas e muito mais agradável o tempo longe deles (os de verdade, claro). E alguns realmente fazem uma puuuuta falta.
De forma menos profunda:
A cidade é bem gostosa de se morar e tem um clima gostoso, só chove com muita frequência. O povo é MUITO gente boa e receptivo, o sotaque é muito gostoso. As mulheres aqui são bonitas, são simpáticas e, o principal, são muitas, HAHAHA. É o paraíso dos solteiros, apesar de eu não estar aproveitando a cidade nesse aspecto, por motivos bem melhores hehehe.
Me desculpem-me, mas Uberabense DIRIGE MAL PRA CARALHO e as pessoas parecem achar que as faixas amarelas do estacionamento são enfeites, pois 50% simplesmente as ignora e param na diagonal mesmo. Bom, o que se poderia esperar de uma cidade em que a auto-escola ensina a balançar o braço pra fora do carro na hora de estacionar? o.O
Espetinhos são a mania dos barzinhos da cidade e tem uns muito bons, pricipalmente o de pernil à pururuca do Recanto... com uma cervejinha... NUH!!! Bom demais.
Ao mesmo tempo que é estranho andar na cidade e não conhecer ninguém, sendo que em Campinas eu conhecia bastante gente, é um pouco claustrofóbico saber que MUITA GENTE já sabe quem eu sou, o que estou fazendo, com quem estou saindo, etc.
Claro que muitas dessas segundas impressões podem e irão mudar com o passar do tempo, aliás hoje em especial estou second guessing algumas first impressions e continuo aprendendo com algumas pessoas de formas boas e ruins. Mas o mais gostoso está sendo aprender com pessoas novas de formas novas.
Em resumo, do mesmo texto da citação de cima:
"Os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada. A pessoa que não corre nenhum risco, não faz nada, não tem nada, não consegue nada e não é nada. Ela pode até evitar sofrimentos e desilusões, mas não sente, não muda, não cresce, não ama, não vive. Acorrentada por suas atitudes, ela torna-se escrava e priva-se da liberdade”
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!
PS: Quero escalaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar!
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