28 de mai. de 2008

Conheci o paraíso

Quando se está muito ansioso por algo, a tendência é se decepcionar... quando se eleva muito a expectativa é difícil ficar satisfeito. Não foi o caso da viagem deste feriadão. Eu estava ansioso e minha expectativas estavam altíssimas, mas ainda assim o pico era ainda mais do que eu imaginava.

Fomos no carro: Eu, Gandra, João, Lukinha e Xitão; em outro carro foi o Greg com a galera de São Carlos. A ida foi um pouco cansativa, mesmo com as pérolas do Xitão que acordava do nada pra gritar "CUIDADO GIBARA, O CAMINHÃO TÁ PARADO" e o tuberculoso "FECHA, FECHA". Dirigi praticamente o caminho todo e isso pregou um pouco. o medo de não aproveitar, o medo de só encontrar vias fortes demais para mim, a incerteza de ter lugar decente pra dormir, até mesmo a dor no calcanhar roxo sumiu após perambular pelo G3 pela primeira vez. A sinistra Poltergeist, a intimidadora Sala da Justiça e a monstruosa parede da Sinos de Aldebaran fizeram meus olhos esbugalharem como os do dramatic lemur. As fotos não conseguem retratar as loucas formações do lugar o como se encaixam os setores, piração.

G3: a foto não retrata nem de perto o tamanho

O primeiro dia começou tímido com 2 cadenas, mandei a Johnny Quest (6sup) e tomei um espanco da Dr. Jack (que deveria ser Dr. Jeckyl), enquanto isso fiquei assistindo os muleques malharem a Mr. Hide (meu, que via foda) e depois mandei a Melzinho na Colher (5). Depois fomos pra casa e rangamos um macarrão com carne moída by Xitão, tomando o Cume em comemoração à chegada ao Cipó.

O segundo começou com um café da manhã mega reforçado e balanceado... a macarronada do dia anterior. O dia já foi melhor, com 4 cadenas (provavelmente graças ao super café da manhã). Mandei a Ninhos (6) e pirei com a formação da base dela, muito louco solar a árvore pra chegar na via, depois Rei do Torresmo (7a), Sem compromisso (7a) e Bárbaros (7b).

No terceiro dia aqueci num 6 da Sala da Justiça que num sei o nome e a partir daí as cadenas nem eram tão importantes... entrar nas vias e curtir a rocha nova e o visu era o mais importante, isso se fez claro como cristal na hora que eu entrei na Lamúrias de um Viciado (7b). Acho que é a via mais alucinante que eu já entrei na minha vida, mandei ela sem cadena e só isso já valeu a viagem. Quero voltar lá o quanto antes só pra entrar nela denovo.

Lamúrias de um viciado 7b

Do quarto dia quase não se tira proveito. Sem dia de descanso seu corpo já tá pedindo arrego e até os dedos estão doendo, apesar da maciez do calcário. Nesse dia fomos para o G1, que nada mais é que uma pedreira de calcário com alguns pedaços de pedra não cortada onde fica a Sonho de Consumo, que os muleques mandaram. Agora, o mais engraçado desse dia foi conhecer a Tobogan. Um 8b de aderência, uma rampa LISA onde vc sobe um pouquinho, desce um pouquinho, sobe um pouquinho, desce um poucão... hilário. Saí correndo de lá com o Jô pra dar um entradinha na "O dia que a terra parou" antes de ir embora... outra via LINDA, do lado da Lamúrias.



Todas os finais de dia foram regados de boa comida do Paiol e MUITA risada.
Rocha animal, vias muito lindas e diferentes, visu incomparável e uma galera muito gente boa fizeram dessa viagem inesquecível e mais do que tudo: UM GRANDE APRENDIZADO.
O resto fica nas fotos e na memória e eu já estou contando os dias pra voltar pra lá.
 
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