17 de out. de 2008

Síndrome de soldado Ryan

Cara de bobo feliz


Volta e meia recebo uns textos que definem o comportamento do ser humano, e os autores desses textos escrevem essas definições como verdades absolutas, cada um com sua verdade absoluta. Esses autores costumam ser tão específicos e imperativos que dificilmente algum deles dá muita margem a individualidades.
"Somos isso", "somos aquilo", "temos que ser assim", "temos que ser assado".

Eu parei pra pensar nisso, pois outro dia a Má me mandou um texto desse tipo, até porque eu sempre achei interessantes esses textos, mas depois que li comecei a pensar: Porque é que temos que definir o que somos e, PRINCIPALMENTE, porque temos essa necessecidade de definir o que "temos que ser"? Como o Soldado Ryan (o do filme mesmo) que se sente na obrigação de aproveitar cada momento ao máximo, quando no final do filme ele mostra que nem ele mesmo sabe que máximo é esse.

Acho que, no fundo, essa "obrigação de ser feliz" pode ser o que realmente nos impede de aproveitar os momentos ao máximo e, quando ficamos procurando o máximo dos momentos, acabamos passando reto por eles, achando que ainda não os encontramos. Ficamos tão obcecados em viver da mesma forma que os personagens de livros e filmes, que não nos permitimos aproveitar o momento sem pensar se estamos ou não aproveitando ele da melhor maneira possível.
Porque não podemos ser como crianças e simplesmente aproveitar sem pensar? Afinal, o prazer não tem que ser definido, nem mensurado... apenas gozado.

Acho que o que faz de um momento "atemporal" não é O QUE acontece nele, mas COMO encaramos o que acontece... como vivemos ele... sob os NOSSOS parâmetros. Parâmetros que um texto ou outra pessoa não podem definir, e na maioria das vezes NEM NÓS MESMOS podemos.

Talvez devessemos buscar um pouco menos a felicidade e deixar que ela nos encontre enquanto aproveitando os momentos que temos.

"To find something you must stop looking for it"
(reza a lenda que isso é um ditado budista, sei lá)


Talvez a vida seja feita de "talvezes" e "e ses". Talvez não seja feita de "porques", mas de "porque nãos"... não sei... e quem é que sabe?

3 comentários:

Alessandra disse...

ô giba, é q eu vou ficar velha...como diz o teu texto, a tal obrigação d ser feliz rsrs é que aqui tbem chove p caramba uiii beijos bom findi p ti

Babi Vieira disse...

E o que importa é a singularidade e peculiaridade de cada um, que deve encontrar sua forma de ver a felicidade indiferente das teorias alheias. Carpe YOUR fuckin' diem! E viva os momentos atemporais(pra quem consegue captá-los)!!

Cavanhaque! ; )

Dani disse...

Você escreve muito bem! Gostoso de ler... nos faz pensar, apesar de vc estar justamente querendo pregar o contrário!ahhaha

Esta é uma grande dificuldade que enfrento todos os dias... viver os momentos sem pensar, sem tentar entender com a razão coisas que só importam e são gostosas de sentir!

Ok.. as vezes sou meio cabeça dura!! Mas um dia consigo... querer mudar já é o primeiro passo!

Beijo

 
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